Pais de menina morta em Itaocara são condenados por homicídio qualificado no "Caso Helena"
Gabriel Ferreira recebe 30 anos de prisão, e Vitória Borges, 14 anos, pela morte de sua filha de 3 meses.
Os pais da menina Helena Borges Ferreira foram condenados por homicídio qualificado nesta quarta-feira (11), após julgamento no Tribunal do Júri da Comarca de Itaocara. O caso, conhecido como o "Caso Helena", envolveu a morte da criança de apenas 3 meses, que sofreu diversos ferimentos e fraturas em 2022, o que gerou grande comoção no estado.
O pai, Gabriel da Silva dos Santos Ferreira, foi condenado a 30 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado, sendo considerado culpado por motivo torpe, meio cruel e por cometer o crime contra um menor de 14 anos. Já a mãe, Vitória Carvalho Borges Barria, recebeu 14 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado, pelas mesmas razões, mas sem o agravante do motivo torpe. A Justiça entendeu que, além de agredir fisicamente a filha, Gabriel não soube lidar com as necessidades da criança, enquanto Vitória se omitiu ao não impedir as agressões e ao não buscar o devido tratamento médico para a filha, o que contribuiu para a morte.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou ambos os pais, argumentando que a mãe deveria responder pelo mesmo crime que o pai, devido à sua omissão. O julgamento foi realizado por um Tribunal do Júri, composto por cidadãos sorteados, que decidiram pela culpabilidade dos réus, com base nas provas apresentadas pelas partes envolvidas.
A juíza Fabíola Costalonga determinou que Gabriel permaneça preso por 30 anos e Vitória por 14 anos, com ambos já cumprindo prisão preventiva desde 2022. A decisão foi dada, apesar de a defesa dos réus poder recorrer da sentença, conforme prevê a legislação. A condenação marca um importante passo no julgamento de casos de violência contra crianças no estado.
Da redação da 96,9 FM - Fonte: Folha Itaocarense - Foto: Elíeser Almeida/Arquivo
